A Comunidade Católica Maranathá acolhe homens e mulheres com idade entre 18 a 59 anos e tem como objetivo a restauração de alcoolistas e farmacodependentes. Toda a dinâmica está marcada por uma mística fundamental: acolher cada um como se fosse o próprio Cristo, com a Espiritualidade do Sagrado Coração de Jesus com a palavra de fundação: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura …” (Mc 16, 12-18), pois “Estou persuadido de que aquele que iniciou em vós esta obra excelente lhe dará o acabamento até o dia de Jesus Cristo.” (Fp. 1,6).
Além de utilizarmos a parábola do bom samaritano como reflexão: “Mas um samaritano que viajava, chegando àquele lugar, viu-o e moveu-se de compaixão. Aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; colocou-o sobre a sua própria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou dele.” Procuramos ter uma visão bastante ampla e abrangente dos problemas relacionados à dependência química, pois sabemos que não acontece somente em relação ao físico, mas abrange o físico, o psíquico e o espiritual. As atividades propostas são: Estudos Bíblicos (Leitura Bíblica/Liturgia Diária), Retiro Maranathá, Atendimento individualizado com orientação espiritual, Grupos de Oração, Catequese, Terços Marianos e da Misericórdia e os 12 passos do cristão:
- 1º Passo: Admitimos que éramos impotentes perante os efeitos de nossa separação de Deus, que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.
- 2º Passo: Viemos acreditar/confiar que Deus poderia devolver-nos à sanidade.
- 3º Passo: Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que o concebíamos.
- 4º Passo: Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.
- 5º Passo: Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas.
- 6º Passo: Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.
- 7º Passo: Humildemente rogamos a ele que nos livrasse de nossas imperfeições.
- 8º Passo: Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados.
- 9º Passo: Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-lo significasse prejudicá-las ou outrem.
- 10º Passo: Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitimos prontamente.
- 11º Passo: Procuramos, por meio da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que o concebíamos, rogando apenas o conhecimento de sua vontade em relação a nós e forças para realizar essa vontade.
- 12º Passo: Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes passos, procuramos transmitir esta mensagem aos outros e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.
Atividades relacionadas a laborterapia: Consiste no trabalho de manutenção da entidade, com o propósito de transformar o meio em que habita segundo suas próprias necessidades. Através do trabalho laboral, estimula-se o cuidado com a organização, autoestima, o trabalho em grupo, a humildade, a empatia, a solução de problemas na convivência do grupo, bem como o aprendizado de tarefas domésticas e de subsistência.
TRIAGEM / AVALIAÇÃO DIGNÓSTICA
Far-se-á pela equipe multidisciplinar (Médico, Enfermeiro, Psicólogo, Assistente Social e Técnico em D.Q), na Casa de Missão de Madureira (Rua Sanatório, 310) toda quinta-feira a partir das 07:30, ao dependente químico voluntário ou pelo encaminhamento de qualquer instância – famílias – instituições e outros.
A triagem marca o início efetivo para os 9 meses de Acolhimento na Comunidade Católica Maranathá, é o momento que começa a se estabelecer os limites e regras. A triagem avalia o grau de comprometimento biológico, psíquico, familiar, social e jurídico do dependente.
Condições para o Acolhimento:
- Abster-se do consumo de qualquer substância química, inclusive o tabaco;
- Expressar aceitação voluntária;
- Idade mínima de 18 anos a 59 anos e nove meses;
- Aceitar as normas e regras da Comunidade;
- Aceitar a obrigatoriedade de participação nas atividades programadas;
- Não estar diagnosticado com comorbidade que necessitem de serviços específicos da área de saúde;
- Não ser portador de doença infecto contagiosa que possa colocar o coletivo em risco;
- Ter condições de gerar sua autonomia cotidiana.